O jornalista e crítico musical Nelson Motta participou de palestra com estudantes da Universidade Federal do Pará promovida pelo Programa “Diálogos Universitários 2011”, uma parceria do Escritório Modelo de Turismo (EMT) com a empresa Souza Cruz. Nelson Motta falou sobre o tema “Música digital”. Por quase uma hora, ele conversou com os 170 estudantes, presentes no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, nesta quinta-feira, 16.
Segundo Nelson Motta, os nossos tempos se caracterizam pelo excesso de produção musical graças à difusão da tecnologia, a qual possibilitou às pessoas que produzissem suas músicas e disponibilizassem-nas na internet para quem quisesse ouvir. O crítico, que sempre gostou de ficção científica desde a sua infância, nunca imaginou que o mundo pudesse ser modificado pela tecnologia tal como foi.
“A oferta de música é tão grande que as pessoas têm que ter critérios para escolher o que vão ouvir. Nunca foi tão fácil você gravar, hoje, as tecnologias de informação estão cada vez mais baratas, mais acessíveis”, afirmou Nelson Motta.
Tecnobrega – Nelson Motta fez questão de ressaltar a importância do ritmo tecnobrega para a música. O tecnobrega trouxe mudanças significativas tanto para o modelo de produção e distribuição quanto para a música, com a mistura de ritmos em uma só canção. Ele visualiza o modelo do ritmo como uma alternativa popular para a situação do mercado fonográfico.
O ritmo já foi estudado pelo pesquisador estrangeiro e um dos maiores especialistas em música do mundo, Chris Anderson, que fez questão de conhecer o funcionamento do estilo e dedicou todo um capítulo do seu livro para o assunto.
Os ritmos do momento – Para o jornalista, os ritmos do século XXI são dois: o rap e a música eletrônica. Isso acontece porque o rap é a última fronteira da palavra na música, não sendo necessário ao artista tocar algum instrumento; e a música eletrônica é puro ritmo e batida.
Qualidade da música – Quando questionado sobre a qualidade, Nelson Motta afirmou que, “sendo otimista, 90% da música produzida é puro lixo, e somente 10% vão ter respeito dos críticos e públicos e irão influenciar a cultura. Hoje, como há muita coisa, fica difícil encontrar o ouro."
Galeria de imagens - Confira aqui alguns momentos do jornalista na UFPA.
Texto: Vito Ramon Gemaque – Assessoria de Comunicação/UFPA
Fotos: Alexandre
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