sábado, 29 de outubro de 2011

Nada de aula até a próxima sexta

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o ano letivo deve ser composto por 200 dias, porém, antes mesmo do fim do ano de 2011, os alunos da rede pública de ensino do Estado do Pará já possuem 33 dias letivos a menos do que o recomendado. A situação, ocasionada pela greve dos professores, ainda deve se estender por pelo menos mais uma semana até que o Juiz da 1ª Vara Cível de Belém, Elder Lisboa, decida o impasse. Na manhã de ontem, aconteceu uma nova tentativa de conciliação entre o governo e o sindicato, porém, sem acordo, a decisão ficará a cargo da

justiça.

De acordo com a secretária de Estado de Administração, Alice Viana, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead), chegou a fazer uma nova proposta aos professores que entraram em greve para cobrar o cumprimento da Lei do Piso, porém, a sugestão não foi aceita pela categoria. “Nossa proposta inicial era de integralizar o piso no prazo de 24 meses, porém, em mais uma tentativa de negociação, nos comprometemos a pagar em até 12 meses, mas o sindicato não aceitou”.

FALTA DINHEIRO

Segundo ela, a dificuldade de o governo pagar o valor correspondente ao piso atual, de R$1.187, de forma imediata está apenas relacionada à falta de dinheiro. “O sindicato queria que o governo pagasse 50% do piso em novembro e 50% em dezembro, mas não temos caixa para isso”, disse. “Não houve acordo.”

Ainda assim, sem acordo e antes de o juiz decidir o que deverá acontecer, o governo confirma que já descontou os quatro dias de início da greve do contracheque dos servidores, referente ao mês de setembro.

“Pegamos o que foi apurado no período da greve e descontamos quatro dias de setembro, como normalmente é feito, já que os professores não estão trabalhando”, explicou-se Alice.

Ano letivo só vai acabar em 2012

“Sobre os dias parados, já fizemos um documento pedindo ao juiz que não descontasse, mas ele é quem vai julgar”, disse Alice Viana. Sobre os descontos que já foram realizados, ele afirma que a categoria está insatisfeita. “Essa é uma ação de imprudência do governo porque o juiz ainda não decidiu nada”, enfatizou. “Teve professor que teve desconto de R$1.500 no contracheque e isso é muito mais do que o equivalente aos quatro dias parados”.

ANO LETIVO

Diante do prolongamento da greve por mais uma semana, o secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, não descarta a possibilidade de que o ano letivo de 2011 se estenda para o ano que vem. “É possível que atrase porque o ano tem 200 dias letivos e, se eu tenho uma paralisação, esses dias vão ter que ser repostos”.

Segundo ele, durante o processo de negociação, o governo fez o possível para resolver o problema. “O valor é justo, mas o governo não tem dinheiro para pagar. Nós apenas colocamos que existe a possibilidade de pedido de caixa, mas o Ministério da Educação (MEC) ainda não se pronunciou”, disse.

“Na verdade, não existe quem saia ganhando com essa situação. Saem prejudicados os alunos, os próprios professores e a educação no Pará”.


fonte:  (Diário do Pará)

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