domingo, 4 de março de 2012

CNBB comemora aprovação da lei da Ficha Limpa

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil coletou 1,5 milhão de assinaturas pela aprovação da lei

Responsável pela coleta de 1,5 milhão de assinaturas que

resultou no Projeto de Lei da Ficha Limpa, depois aprovado

pelo Congresso Nacional, a Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil (CNBB) disse que a decisão do

Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar válida a lei

“será um presente à sociedade brasileira”. O trabalho de

coleta de assinaturas contou com o apoio de movimentos de

combate à corrupção.

De acordo com o presidente da CNBB, dom Raymundo

Damasceno, a aprovação da lei "não deverá resolver todo o

problema da corrupção, mas facilita a melhor escolha de

políticos, mais preparados e qualificados". Para o religioso, o

controle da corrupção será mais eficiente depois da reforma

política.

As declarações foram feitas por ocasião da reunião mensal

do Conselho Episcopal Pastoral (Consep). Em pauta,

também esteve a decisão do STF de dar plenos poderes ao

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar juízes,

ao julgar ação direta de inconstitucionalidade impetrada pela

Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Para o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a

decisão "preservou a função do conselho e, mais uma vez, o

STF dá ao Brasil a oportunidade de ter órgãos que ajudam a

oferecer mais transparência à própria Justiça. Ganhou o

STF, os magistrados, a Justiça e a sociedade".

Os integrantes do Consep também discutiram sobre a

situação dos índios Guarani Kaiowá, de Coronel Sapucaia,

em Mato Grosso do Sul. Segundo dom Steiner, os

índios"estão despojados de suas terras" e em uma situação

de desamparo, submetidos à violência, pela falta de

andamento dos processos tradicionais de demarcação de

terras e a ausência de políticas públicas em seu favor.

Steiner relatou que, recentemente, esteve em Coronel

Sapucaia e que ficou chocado com informações de que

alguns adolescentes da tribo "enforcam-se porque não veem

futuro". "Eles sentem que a oportunidade de expressão lhes

está sendo negada, por isso, influenciados pela sua cultura,

se sentem compelidos a cometer suicídio".

A CNBB informou que vai lançar, na Quarta-Feira de Cinzas

(22), a Campanha da Fraternidade deste ano, que terá

como tema a saúde pública.

fonte: Gazeta do Povo

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