Os indicadores de avaliação das instituições de ensino superior no Brasil apontam para elevação na qualidade das universidades, centros universitários e faculdades, segundo avaliação do ministro da Educação Fernando Haddad. Mas, ainda assim, 10 instituições do Pará receberam nota considerada ruim no Índice Geral de Cursos (IGC), computados a partir da avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes de 2010. Entre elas uma pública, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). O instituto obteve nota 2. Dos 10 cursos do IFPA avaliados pelo Inep, apenas seis passaram.
O instrumento é construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação de cada instituição e sintetiza num único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação. De acordo com o MEC, as notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias e as 4 e 5 referem-se a um bom resultado.
A estudante Patrícia Flexa, de 21 anos, que está no último ano do curso de Letras do Instituto acredita que a avaliação parte de um universo global, e deixa de lado as especificidades. “Acredito na qualidade da minha faculdade, tenho ótimos professores e sei que vou sair daqui preparada para o mercado por diversos fatores que incluem ainda uma excelente estrutura de ensino”, destacou a moça. Questionada sobre a nota que o IFPA recebeu, ela disse que optou por estudar no local porque considera a ementa e a grade curricular a melhor, em comparação a outros lugares. “Vale ressaltar que nos preparamos em um instituto federal e acredito que, por isso, a nota vai refletir em melhorias para todos”, completou Patrícia.
Já a estudante Reginne Queiroz, 19 anos, acha que o resultado do índice não condiz com a estrutura, mas que respeita as prerrogativas da avaliação. “Agora é esperar para que a instituição aplique os procedimentos cabíveis para reverter essa nota”.
Particulares se defendem acusando falhas no processo
Entre as instituições que receberam média 02, ou seja, consideradas ruins, está ainda a Escola Superior Madre Celeste (Esmac), a Faculdade Pan-Amazônica (Fapan) e a Faculdade da Amazônia (Faam). Procuradas pela reportagem, as três instituições não se pronunciaram.
Mesmo constando no Diário Oficial da última quinta-feira (17), com a avaliação 02 a Faculdade do Pará (Fap) emitiu nota onde esclarece que não teve cursos avaliados pelo Enade nos anos de 2010 e 2011, em razão do cronograma de avaliação do Exame não corresponder à grade dos cursos oferecidos pela instituição nesse período. Já o diretor geral Faculdade de Estudos Avançados do Pará (Feapa), Mauro Leônidas, afirmou que a nota não constava no site do Mec e que o número equivale ao ano de 2008, quando a instituição foi avaliada.
FONTE: (Diário do Pará)
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