Para viajar, basta planejar

Férias à vista, sem falar nos feriados prolongados que acontecem algumas vezes por ano. Nesses ocasiões, muitas pessoas escolhem viajar e conhecer outros lugares. Se você é uma delas, o professor da Faculdade de Turismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), Paulo Moreira, dá algumas dicas.

De acordo com ele, fazer viagens, mesmo para o exterior, não é apenas para pessoas com um orçamento folgado. “Atualmente existem pacotes de viagens que contemplam uma ampla categoria econômica. É claro que se a viagem acontecer em período de baixa estação, fora do período de férias escolares, por exemplo, existem mais possibilidades de encontrar melhores oportunidades.”


A baixa estação é uma boa oportunidade não apenas pelos pacotes de viagem mais baratos, mas também porque nessas estações há uma menor demanda de serviços e, portanto, uma maior oferta. Nesse caso, as taxas de hotéis, aluguel de carros e até mesmo as taxas de roteiros de visitação ficam mais baratas.

Documentos – Com um orçamento alto ou baixo, a palavra de ordem na hora de fazer uma viagem é planejar. Essa ação envolve não só escolher o destino - levando em consideração o clima e os meios de viagem: aéreo, marítimo, terrestre – mas também tirar todos os documentos necessários para entrar em outro país, por exemplo.

Um dos documentos obrigatórios para viagem ao exterior é o passaporte. Em Belém, ele pode ser tirado na Polícia Federal, setor de imigração. Alguns países exigem também certificado de vacinação emitido no mínimo 15 dias antes da viagem. Para turistas, o visto de estadia não é necessário em vários países, como África do Sul, Argentina, Bolívia, Chile, França, Paraguai, Peru e Portugal. Segundo o professor Paulo Moreira, o interessante é que as pessoas busquem informações sobre os locais a serem visitados, seja na internet, nos guias de viagem ou nas próprias empresas de turismo.

Destinos – Alguns cuidados também devem ser tomados quando as pessoas já estão em seu local de destino. É preciso atentar para os costumes e condutas das cidades ou países visitados. “É importante lembrar que ao realizar a viagem não se deixa a cultura em casa, leva-se hábitos e costumes na bagagem, e muitas vezes esses costumes conflitam com os costumes locais. A palavra bom senso deve ser praticada ao pé da letra”, aconselha o professor. Cuidados com bagagens também são essenciais, o recomendado é que se coloque algum objeto, como fitas e lenços, para identificar as malas.

Quanto aos destinos, o professor Paulo Moreira lembra que a escolha é bastante individual ou familiar, entretanto recomenda alguns lugares na América Latina, como o Caribe venezuelano. “A Argentina também sempre é um destino muito valorizado pelos brasileiros. Recomendaria Cuba pelo momento histórico que o país atravessa com possibilidades de mudanças socioeconômicas e estruturais que podem alterar o modus vivendi e operandi dos cubanos e que talvez não possam ser mais observados num futuro próximo.”


Texto: Dilermando Gadelha – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes